A vida moderna traz um ritmo muito acelerado, colocando em causa o equilibrio entre o trabalho e a vida pessoal. Ao longo dos anos, muitas pessoas têm enfrentado diariamente processos de mudança, desafios e contrariedades decorrentes de trabalhos e vidas exigentes. A procura pelo sucesso profissional frequentemente resulta em jornadas de trabalho prolongadas, prazos apertados e consequentemente níveis de stress muito elevados.
As pessoas são consideradas o principal ativo das organizações, quanto melhores são os seus recursos humanos, melhor será a produtividade, a qualidade e o valor dos produtos apresentados aos clientes. Por esse motivo, é essencial saber cuidar dos recursos humanos da organização, de modo a aumentar a produtividade através de uma performance de excelência, criar equipas estáveis através da retenção de talentos e elevar a qualidade dos produtos/serviços pela existência de colaboradores felizes.
No entanto, apesar de se saber isso, um dos principais problemas que as organizações e as pessoas enfrentam é o desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional. O volume de trabalho existente, as exigências para responder às necessidades de mercado e a dedicação excessiva ao trabalho pode levar à negligência de aspetos importantes da vida, tais como:
1) o tempo passado com e em família,
2) os cuidados com a saúde,
3) os hobbies e os momentos de lazer.
Essa falta de equilibrio pode resultar em problemas de relacionamento, exaustão emocional, afetar negativamente a saúde física e mental e consequentemente, reduzir os níveis de produtividade, de eficácia, e paralelamente, aumentar os níveis de absentismo na organização.
Além disso, a pressão constante por altos níveis de desempenho e resultados pode levar ao esgotamento profissional, também conhecido como “burnout“. Esta é uma condição caracterizada por exaustão física e emocional, desmotivação, falta de energia e sentimentos de ineficácia no trabalho. A falta de tempo para cuidar da própria saúde emocional e o excesso de responsabilidades podem criar um ciclo negativo que afeta a qualidade de vida das pessoas.
É essencial reconhecer e abordar estes temas. A consciencialização sobre a importância do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, a promoção de ambientes de trabalho saudáveis e o estabelecimento de limites claros podem ajudar a mitigar os desafios enfrentados por pessoas com trabalhos muito exigentes. Cuidar da saúde física e mental, estabelecer uma rede de apoio e adotar estratégias eficazes de gestão do stress são passos importantes para enfrentar esses desafios de forma mais saudável e equilibrada.
Atualmente, as organizações deparam-se com gerações que se preocupam com a saúde mental e com o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Por esse motivo é determinante que se determinem políticas de retenção e atração de colaboradores de modo a clarificar a posição e os valores da organização.
Adotar uma política de work-life balance é nos dias de hoje um fator diferenciador perante outras organizações. Os jovens estão despertos para organizações que se preocupam com o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As organizações que promovem o work-life balance tendem a ter equipas mais motivadas, o que pode levar a um aumento da produtividade e da qualidade do trabalho.
Algumas das vantagens em implementar práticas de work-life balance para as pessoas incluem:
Já as organizações acabam, por consequência, em obter:
Não existem receitas únicas para alcançar o work-life balance com colaboradores motivados e felizes, todo depende do contexto, das pessoas, da indústria, ou seja, de múltiplos fatores. Contudo, existem algumas práticas e ações que as organizações podem aplicar que se tornam diferenciadoras e impulsionadoras de uma cultura moderna, contemporânea e equilibrada, tais como:
Encontrar e atrair colaboradores, competentes, com potencial e/ou talentosos é um processo cada vez mais difícil. A globalização, o acesso à tecnologia e o aumento dos níveis de educação criaram uma via para se trabalhar em qualquer parte do mundo e para qualquer parte do mundo, levando as organizações a um novo paradigma onde a competitividade pelos recursos deixou de ser local e tornou-se mundial.
Atualmente contratar e manter colaboradores satisfeitos tornou-se uma arte. O salário ou a progressão na carreira deixaram de ser os únicos fatores a considerar numa decisão laboral. Hoje, o desenvolvimento pessoal, a saúde mental, a família, os amigos, o trabalho útil e todos os factores que fazem as pessoas sentirem-se bem ou mal, são agora, determinantes para garantir que os colaboradores sintam o chamado Work-Life Balance.